1 Coríntios 15 : 19-22
19 - Se a nossa
esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de
todos os homens.
20 - Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos,
sendo ele as primícias dos que dormem.
21 - Visto que a morte
veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos.
22 - Porque, assim
como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo.
Introdução:
Deus se preocupou em deixar provas incontestáveis da
ressurreição de Jesus, para que nenhuma dúvida pairasse sobre tais
acontecimentos, embora, que, mesmo assim, em toda história aparecem aqueles que
colocam sérias dúvidas a este grande acontecimento que mudou a história da
humanidade.
O Rev. Américo é quem vai dizer: “São tantas e tão seguras
as provas da ressurreição de Cristo que um brilhante crítico, o cônego
Westcott, afirmou: ‘verdadeiramente, tomadas todas as evidências em conjunto,
não é demais dizer que não há um acontecimento histórico mais bem, nem mais variadamente sustentado
que a ressurreição de Cristo.”.
1. O próprio testemunho de Jesus (profecias) de sua iminente
ressurreição dos Mortos.
Jesus falou abertamente sobre o que lhe aconteceria:
crucificação e então ressurreição dente os mortos. “O Filho do Homem deve
sofrer muitas coisas e ser rejeitado pelos anciãos e principais sacerdotes, e
pelos escribas, e ser morto, e depois de três dias ressuscitar” – (Mc 8:31 –
ver também Mt 17:22 e Lc 9:22).
São registradas as declarações de Jesus de que, se seus
inimigos destruíssem o templo (do seu corpo), ele o reconstruiria em três dias
(Jo 2:19; Mc 14:58; cf. Mt 26:61).
__ Ele também falou de forma figurada sobre
o “Sinal de Jonas” – três dias no coração da terra (Mt 12:39; 16:4). E ele
sugeriu isso de novo em Mt 21:42 – “A pedra que os edificadores rejeitaram,
essa foi posta como pedra angular”.
__ No topo de seu testemunho próprio da iminente ressurreição, seus acusadores
disseram que isso era parte da declaração de Jesus: “Senhor, lembramo-nos como
aquele impostor disse, quando ele ainda vivia, ‘Depois de três dias
ressuscitarei'” (Mateus 27:63).
Nossa primeira evidência de ressurreição, portanto, é que o
próprio Jesus falou dela. A extensão e natureza da declaração torna improvável
que uma igreja enganada tenha feito isso. E o caráter do próprio Jesus,
revelado nesses testemunhos, não foi julgado pela maioria das pessoas como o de
um lunático ou enganador.
2. A tumba estava vazia na Páscoa.
Os documentos mais antigos declaram isso: “Quando eles
entraram não encontraram o corpo do Senhor Jesus” (Lucas 24:3). E os inimigos
de Jesus confirmaram isso quando declararam que os discípulos tinham roubado o
corpo (Mt 28:13).
O corpo de Jesus não pôde ser encontrado. Existem quatro
possíveis explicações para isso.
2.1 Seus inimigos teriam roubado o corpo. Se eles fizeram
isso (e eles nunca declararam tê-lo feito), certamente iriam mostrar o corpo
para acabar com a bem sucedida divulgação da fé cristã logo na cidade onde
aconteceu a crucificação.
2.2 Seus amigos
teriam roubado o corpo. Esse foi um rumor inicial (Mt 28:11-15). Isso é
provável? Teriam eles conseguido passar pelos guardas na tumba? Mais
importante, teriam eles começado a pregar com tamanha autoridade que Jesus
ressuscitou, sabendo que ele não tinha? Teriam eles colocado em risco suas
vidas e aceitado espancamentos por uma coisa que eles sabiam ser uma fraude?
2.3 Jesus não estava
morto, apenas inconsciente quando eles o colocaram na tumba. Ele acordou,
removeu a pedra, passou pelos soldados, e desapareceu da história depois de
alguns encontros com seus discípulos nos quais ele os convenceu que havia
ressuscitado da morte. Mesmo os inimigos de Jesus não tentaram essa linha. Ele
estava obviamente morto.
Os Romanos viram aquilo. A pedra não podia ser removida por
dentro por um homem que tinha acabado de sofrer o que sofreu e, ainda ter tido
o coração furado por uma lança após ter passado seis horas pregado numa cruz.
2.4 Deus ressuscitou
a Jesus dos mortos. Isso é o que ele disse que aconteceria. Isso é o que os
discípulos disseram que aconteceu. Mas como existe uma remota possibilidade de
explicar a ressurreição de uma forma natural, as pessoas modernas dizem que não
deveríamos pular para uma explicação sobrenatural. Isso é razoável? Eu não acho
que seja.
1) Tumulo Vazio
A Escolta de Soldados Romanos não podia ser suprimida por
uma dúzia de pessoas (Apóstolos) para adentrar no tumulo e retirar o corpo de
Cristo à força e depois ocultá-lo. Então
o boato que os principais sacerdotes espalharam que o corpo de Cristo foi
roubado é incabível e infundado. O Tumulo de Cristo sempre ficará vazio. E seu
corpo nunca foi encontrado e nem será encontrado como morto.
Três provas o
Corpo de Cristo não foi roubado:
a) O cenário do
local onde jazia o corpo de Cristo estava arrumado e não desarrumado, não há
roubos sem desarrumação, a desarrumação é característica comum de roubos. Na
ocasião se de fato houvesse o roubo teriam que usar a força e tempo para tal a
desarrumação seria inevitável.(Jo.20:4-8)
b) A Escolta
estava bem armada e pronta para suprimir qualquer tentativa de roubo ou furto
do corpo de Jesus, eles estavam prontos para peleja em pequena, média e grande
proporção.
c) Os Discípulos
de Cristo e seus seguidores foram instruídos por Cristo que Ele ressuscitaria,
sendo assim desnecessária a necessidade de roubar o corpo de Cristo.
3. A transformação imediata dos discípulos (de homens sem
esperança e amedrontados em homens que foram testemunhas confiantes e corajosas
da ressurreição).
A explicação deles para essa mudança foi que eles tinham
visto o Cristo ressuscitado e tinham sido autorizados a serem suas testemunhas
(Atos 2:32).
4. A declaração de Paulo de que não apenas ele viu o Cristo
ressuscitado, mas 500 outras pessoas também o viram.
“Então ele apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma vez,
a maioria deles ainda viva, embora alguns já tenham falecido” (1 Co 15:6). O
que torna isso relevante é que isto foi escrito para gregos que eram céticos
para esse tipo de declaração, quando muitas testemunhas estavam ainda vivas.
Então essa era uma declaração arriscada já que podia ser
contestada com uma pequena pesquisa de primeira mão.
5. O nascimento e o grande e imediato crescimento da igreja
(próspera e conquistadora de impérios suporta a verdade da declarada
ressurreição.
A igreja difundiu-se no poder do testemunho que Jesus
ressuscitou dos mortos e de que Deus assim o fez Senhor e Cristo (Atos 2:36).
O senhorio de Cristo sobre todas as nações é baseado na sua
vitória sobre a morte. Essa é a mensagem que se propagou por todo o mundo. Seu
poder de cruzar culturas e criar um novo povo de Deus foi um forte testemunho
de sua verdade.
6. A conversão do Apóstolo Paulo.
Ele debate com um público parcialmente insensível em Gl
1:11-17 que seu evangelho vem de Jesus Cristo ressuscitado, não de homens.
Seu argumento é que antes da sua experiência na Estrada de
Damasco quando ele viu Jesus ressuscitado, ele era violentamente oposto à fé
cristã. Mas agora, para espanto de todos, ele está arriscando sua vida pelo
evangelho (Atos 9:24-25).
Sua explicação: O Jesus ressuscitado lhe apareceu e
autorizou-o a liderar a missão dos gentios (Atos
26:15-18). Podemos dar crédito a tal testemunho? Isto
encaminha-nos para o próximo argumento.
7. As testemunhas do Novo Testamento não carregam o rótulo
de ingênuos ou enganadores.
Os escritos desses homens não se lêem como as obras de
homens ingênuos, facilmente enganados ou enganadores. O discernimento que eles
têm da natureza humana é profundo. O comprometimento pessoal é sóbrio e
cuidadosamente declarado. Seus ensinamentos são coerentes e não se parecem com
a invenção de homens instáveis. O padrão moral e espiritual é alto. E as vidas
desses homens são totalmente devotadas à verdade e à honra de Deus.
8. Existe uma glória evidente no evangelho da morte e
ressurreição de Cristo como narrado pelas testemunhas bíblicas.
O Novo Testamento ensina que Deus enviou o Espírito Santo
para glorificar Jesus como o Filho de Deus. Jesus disse: “Quando o Espírito da
verdade vier, ele vos guiara em toda a verdade… Ele vai glorificar-me” (João
16:13).
O Espírito Santo não faz isso dizendo-nos que Jesus
ressuscitou dos mortos. Ele faz isso abrindo nossos olhos para ver a evidente
glória de Cristo na narrativa de sua vida e morte e ressurreição. Ele nos
habilita a ver Jesus como ele realmente foi...
Um conhecimento salvador do Cristo crucificado e
ressuscitado não é o mero resultado de um raciocínio correto sobre fatos
históricos. É o resultado de iluminação espiritual para enxergar esses fatos
para o que eles realmente são: uma revelação da verdade e glória de Deus na
face de Cristo – que é o mesmo ontem, hoje e sempre.
(Escrito por
John Piper com alterações e adaptações).